não precisas de voltar a colher o eco
da voz que te acorda devagar
junto à temperatura exagerada
do tímpano.
não precisas de hastear ausências,
encher a casa de coisas para fazer
escrever amor sempre que os lábios
rasgam as bochechas até sangrar.
não precisas, nunca mais,
de pronunciar o nome das caixas vazias
esconder no fundo do peito a trepidação
dos relógios.
o que tu precisas é de um ar tão puro
que te rebente os pulmões e te faça voar.
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