desejo-te a morte. agora que o maço de tabaco enumera cidades onde te vi crescer e que vejo em ti os olhos do último amor.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
conta-me os dedos
conta-me as horas
canta-me os dias
como se não os houvesse
e eu pudesse repousar
para sempre
na tua ausência
conta-me as horas
canta-me os dias
como se não os houvesse
e eu pudesse repousar
para sempre
na tua ausência
foto daqui
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
não me perguntes
como se guarda
um
sorriso na
palma da mão.
os meus dedos são
livres e eu tenho
a boca
virada para dentro
das tuas canções
não me perguntes
como se chega
ao fim de um dia
que não é meu
como acender
uma luz no centro
do coração?
como se guarda
um
sorriso na
palma da mão.
os meus dedos são
livres e eu tenho
a boca
virada para dentro
das tuas canções
não me perguntes
como se chega
ao fim de um dia
que não é meu
como acender
uma luz no centro
do coração?
foto daqui
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
pensei na mão.
macia e lenta a escorregar
para dentro do bolso
à procura de trocos
da fórmula da felicidade.
a máquina do tabaco a
devolver continuamente
a nota de 5 euros amarrotada.
vozes, as notícias sobre o futebol.
fatalidades. quarenta mortos.
nenhum orgão doado para
prato do dia. água, sem gás,
sem graça, quotidiana e fresca.
está na hora de iniciar o
desmame da vida que
te faz arrastar as palavras
sempre que falas de amor.
macia e lenta a escorregar
para dentro do bolso
à procura de trocos
da fórmula da felicidade.
a máquina do tabaco a
devolver continuamente
a nota de 5 euros amarrotada.
vozes, as notícias sobre o futebol.
fatalidades. quarenta mortos.
nenhum orgão doado para
prato do dia. água, sem gás,
sem graça, quotidiana e fresca.
está na hora de iniciar o
desmame da vida que
te faz arrastar as palavras
sempre que falas de amor.
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
podias tentar tu. dar nome aos dias.
os minutos que demoramos a atravessar
a rua. ou dar voz aos pássaros. podias tentar
tu. abraçar a luz que se apaga às 07:30
nos candeeiros da rua. ou eu, ter a mesma
força no coração que tenho nos dedos
quando atiro o cigarro para os teus pés.
ter a força dos teus pés contra o meu
coração. podiamos tentar olhar
para dentro de nós. eu para dentro
de ti. tu para dentro de mim.
putas a chorar ou cães cegos de
fome. ou a agonia de um telefone
que não toca. cicuta para o jantar.
os minutos que demoramos a atravessar
a rua. ou dar voz aos pássaros. podias tentar
tu. abraçar a luz que se apaga às 07:30
nos candeeiros da rua. ou eu, ter a mesma
força no coração que tenho nos dedos
quando atiro o cigarro para os teus pés.
ter a força dos teus pés contra o meu
coração. podiamos tentar olhar
para dentro de nós. eu para dentro
de ti. tu para dentro de mim.
putas a chorar ou cães cegos de
fome. ou a agonia de um telefone
que não toca. cicuta para o jantar.
talvez se eu tivesse um deus
e me ajoelhasse na pedra do tempo
talvez o que me desse
a paz nossa de cada dia
eu não gritava o teu nome
eu não escondia os cadernos
com o teu nome,
eu tinha um deus a quem
cuspir na cara, a quem partir
os braços. e nenhum espaço para
a ternura, talvez.
e me ajoelhasse na pedra do tempo
talvez o que me desse
a paz nossa de cada dia
eu não gritava o teu nome
eu não escondia os cadernos
com o teu nome,
eu tinha um deus a quem
cuspir na cara, a quem partir
os braços. e nenhum espaço para
a ternura, talvez.
foto: Andre Kertesz
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