dentro de mim
se eu não sei
arrumar nem
uma gaveta
se a minha vida
está cheia de
bugigangas
a alma mais
amarrotada do
que qualquer
das minhas
camisolas.
o sol a entrar
pela clarabóia
rasga-me as mãos
e se me dóis
como arrumar-te
sem me perder?
desejo-te a morte. agora que o maço de tabaco enumera cidades onde te vi crescer e que vejo em ti os olhos do último amor.