e lá fora o pó nos atravessasse a garganta
o pó nos fechasse os olhos
dorme como se morresses de amor
no meio dos escombros e das folhas
escritas a lápis
dorme como se nos tivessemos esquecido
de cortar as unhas, de comprar o pão
de pagar a conta da luz, de fechar o carro
dorme como se não existissemos
o coração imundo e a boca fechada
dorme.
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