quinta-feira, 29 de junho de 2017

encosta o ouvido à parede, para ouvir falar de amor como se não houvesse trânsito lá fora. como se a miséria do quotidiano fosse evitável. sabe saltar os dias como quem salta pedras no riacho ou como quem ergue uma espada invisível de cansaço e regresso. e ama como quem limpa a baba depois de acordar ou abre uma janela para um rua sem sol.

fotografia: kjeksomanen

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